29 de jan. de 2008

F É!




Quando pequena que minha vó me levava na igreja católica perto de casa, e eu ouvia o padre falar em fé, eu me lembro que eu questionava, como posso ter fé? como se faz? e nada de entender ou alguém saber me explicar, só fui descobrir depois que entrei pro espiritismo e também depois de ser mãe, é, como mãe precisa de fé.Depois do relato “Como tudo começou”, tudo correu às mil maravilhas com a ju, coisinhas de criança: dente que tá saindo, não dorme, reação de vacina, etc. Mas aos 9 meses percebi que os olhinhos dela estavam começando a entrar, e a pediatra dela percebeu junto comigo, e daí, fui em um daqueles médicos, que dizem que não é nada, é normal. E com 1 ano, foi piorando o olho esquerdo, entrando bem mais, fui em outro médico, e o diagnóstico: estrabismo, exercícios daqui, óculos dali, óculos pra bebê - vamos em tal lugar, leva ela daqui, leva ela no colo dali, mais exercícios, não quer fazer, caiu e quebrou o óculos, beleza, nova lente, uma correria só. Juliana com quase 2 anos, e os dois olhinhos pioraram, entram e se mexem a todo instante, ela já fala, já entende mais, “mamãe, óia, óia, ele tá mexendo, óia mamãe, esse oinho aqui tá mexendo”, filha a mamãe vai te ajudar, você vai ficar boa, tá? A médica toda boazinha vira e me fala: - vai ter que operar. - ah, tá. Ela percebeu que não senti firmeza, a tristeza no olhar e chamou o diretor, e ele, como ela, rindo, disse: - vai ter que operar, a gente opera 2 músculos, depois se precisar mais o músculo tal, etc. Eu fiquei na minha, e comecei a rezar, pedir forças, pedi que eu tomasse a decisão certa, fiz tratamentos espirituais, onde falaram para eu continuar com o tratamento oftalmológico junto. Aí conversando com uma pessoa amiga, que conhecia outra amiga que a filha havia operado, que naquela época estava fazendo um trabalho lá no auditório onde trabalho, conversamos muito e ela me deu o endereço de outra médica, ainda mais longe, e lá fomos nós 3 (Eu, a Ju e o pai dela), ela me explicou muitas coisas, que até então eu não entendia, e ela falou, vai ter que operar logo, pois ela está com 2 anos, e se ela operar após essa idade, só será correção estética e não visual. Naquele dia algo me disse, marca, marquei, 2 dias antes do meu aniversário, seria mais um aniversário perdido, pois 1 ano anterior minha outra avó havia desencarnado no mesmo dia que do meu aniversário, mas tudo bem, outros melhores virão. E depois que saí daquele consultório, em 1 mês ela iria operar, a gente agüenta, até o momento que a gente entrega nosso bebê nas mãos do anestesista pra sala de operação, daí eu desabei, chorei, chorei mesmo, mesmo porque a ju não tava vendo, mas o pior ainda viria, quando volta da operação que a anestesia acaba (eles haviam me alertado quanto a isso), ela parecia cega, com os olhos inchados sem conseguir abrir e se contorcendo toda igual peixe fora d´água, aí usei novamente toda a minha fé em Maria, que também foi mãe, que ela acalmasse minha filha naquele minuto, e assim aconteceu, ela se acalmou, eu me acalmei, dormi com ela no Hospital e a recuperação foi maravilhosa, pois tudo que a Juliana já passou, ela sempre deu a volta por cima, sempre muito forte. Ainda continuamos indo de 3 em 3 meses lá no consultório, cada fase diferente da outra, mas muito mais felizes, pois hoje, minha filha, que é toda vaidosa, tem os olhinhos perfeitinhos, lindos como ela e tem ido muito bem na escola.

Obrigada, Senhor, Obrigada a espiritualidade que nos ajudou, a Maria mãe de Jesus, Muito Obrigada.

A Secretária da Doutora que vamos, me disse que nunca viu uma mãe tão corajosa como eu, ainda mais tão jovem e com tanta coragem, eu apenas disse: - Eu tenho FÉ!
A todos vocês meus amigos que estão sempre lendo meu Blog, e passam por alguma aflição na vida, nunca percam a FÉ.